quinta-feira, 15 de janeiro de 2015


33...
Na realidade não é como se fazer 33 anos de idade fosse alguma surpresa. Nem me exigisse muito mais esforço para a compreensão do que é ter 1/3 de século de existência, pois algumas coisas importantes mudaram. Afinal eram os objetivos que se mantiveram iguais ao que era antes. Era o velho que me fazia tanta falta, e o novo que ainda me surpreende e faz. Era pai que continuava sem ser. Bem como a plenitude dos altos, médios e baixos vapores de minha vida de humor instável que ainda não sabiam acomodar quem sou. E entre amparos inexistentes e alguns desajustes, sigo tratando as impulsividades, deselegâncias e contratos da mesma forma: com imatura negação, óbvio! Mas bem conheço esse cara. Não é a barba que lhe fez homem. Nem a "filha" Renova que lhe fez pai. Amor ainda não lhe faz amoroso. E a felicidade como dizem, tenho certeza, não necessariamente, me fez feliz.
E acho que agora posso confirmar tudo isso que disse entre outras coisas. O pior processo de viver é ignorar o próprio processo. E o dever é ser respeitado e utilizar respeitosamente o instrumento: corpo e mente. Saber que a mente funciona como água, e o corpo com passagem. E que sou quem nem sei ainda, e sei ser mais quem acho que sou. Enfim, tudo pede cuidado, mas nem tudo merece tal zelo. Acho que de ponderar, me fez cansado. Acho que foi o cansaço que me mudou. As lições me mudam, e como e quando as percebo.
Acho que meu ser já deve parecer ser cada dia mais um pouco comigo. Mas há algo que muda. Ainda hoje descubro. Ainda hoje, procuro e me encontro. Escrevendo à noite sobre mim mesmo, pode parecer egocentrismo puro, mas vejo muito mais como autoconhecimento, e a chave para aperfeiçoar. O cara que um dia foi criança, hoje tem muito pressa. Idade não pesa, traz a paz.  ;)